Objeto: Acesso à justiça: perspectiva para o futuro - Paulo Carneiro
A acesso à justiça confere paridade para que o cidadão possa buscar seus direitos da forma mais justa e eficiente. O jurista Paulo Cezar Pinheiro Carneiro em sua palestra buscou salientar pontos positivos da implementação de ferramentas do novo CPC para a simplificação dos procedimentos, além da criação dos centros de conciliação, a tutela da evidência, o indicador de precedentes, o incidente de resolução de demandas repetitivas.
O novo CPC apresenta um sistema que busca
desburocratizar o acesso à justiça, mas possui problemas quando levado a ordem
prática, ele dá como exemplo o CEJUSC´s, que buscam auxiliar as partes em um
acordo, diminuindo a demanda do processo, o jurista destaca a falta de
estrutura mínima para os servidores, bem como a falta de um sistema integrado
que facilite a busca de precedentes e meios adequados na formação do litígio.
Outro problema é a falta de investimento em pesquisas que busquem
quantificar e qualificar as informações sobre o funcionamento e aplicação do mesmo
visando identificar falhas para o seu aperfeiçoamento, além da falta de
comunicação entre Defensoria Pública, Ministério Pública e a Advocacia na
gestão dos casos.
A “virtualização” do Direito pode parecer em
primeiro momento uma chave para organização do processo, porém esconde
problemas que fogem do âmbito do sistema.
Quando falamos de futuro sempre é preciso ter em mente que o Direito não
é sistema cristalizado, mas uma busca de adequação e ordenação social. A processo precisa seguir normas onde o
julgador não pode criar seu próprio código ou ignorar o existente.
Não adianta muito desenvolver novos
mecanismo quando eles não são usados ou são subaproveitados, talvez seja
necessário criar uma nova cultura jurídica através do pensamento crítico,
sustentando por mais dados e menos ego.
O
bom funcionamento do novo CPC depende de muitas partes, de um intricado sistema
que funciona aos trancos e barrancos, mas é a única justiça que temos.
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